Ainda? Esse papo tá pra lá de manhã...

A revista Claudia de julho passado traz um artigo intitulado: Sucesso profissional atrapalha a vida amorosa das mulheres. Não é uma pergunta, é uma afirmação. De acordo com dados da pesquisa Executivas X (in) Felicidade, realizada pela fundação Dom Cabral de BH, as mulheres que chegam lá (altos cargos) são em número 3 vezes mais sozinhas que os homens: 36% são ou separadas, solteiras ou viúvas enquanto os homens ficam em apenas 13%. Novidade nenhuma. O que me incomoda na matéria é que traz apenas dados, algumas observações de terapeutas e três depoimentos. Nenhuma reflexão, nenhum questionamento, nem uma indignaçãozinha – nada. Como se tivéssemos que nos conformar, a essa altura da vida, em pleno século 21, que a vida é assim mesmo, os homens nunca irão mudar e nós vamos nos ferrar para sempre tendo que cuidar de tudo: marido, casa, filhos e uma carreira. Sendo que essa, se for um sucesso, tende a destruir tudo. Gente o que é isso? Olha, estou sem empregada, já construi minha carreira, não quis filhos e não moro com marido, nem namorado. Estou exausta!! Eu não sei como as mulheres conseguem dar conta de tudo! Não sei. Até quando as próprias mulheres vão educar os seus filhinhos assim? Já tava na hora de ser diferente. Não acho que os homens vão se interessar em saber qual a melhor marca de sabão em pó, mas botar a roupa na máquina de lavar é o mínimo a se fazer! E não requer prática nem tão pouco habilidade. Apenas boa vontade.